Um tiro certeiro atingira-lhe o peito
E a jovem viu-se prostada ao chão,
O sangue escorria e o alvoroço foi grande
Todos querendo ajudar naquela situação.
Fechou os olhos e mesmo sem entender
Viu seu corpo estendido na fria calçada,
Pessoas olhavam contristadas e falavam
Tão jovem, era tão feliz e tão amada.
Assistiu a rápida chegada da ambulância
Que levou seu corpo, o qual acompanhou,
Entraram num hospital e rapidamente
Um médico examinou: Está morta, constatou.
Procurava falar, mas ninguém lhe ouvia
Ela estava viva, pois tudo assistia,
As pessoas passavam, não davam atenção
Ajuda de alguém é o que mais queria.
Pediu: Oh Maria de Nazaré me ajude
Estou por demais desorientada,
Dizem que morri e sinto-me viva
Que fazer mnha Mãe adorada?
Um jovem com vestimenta de médico
Nesse instante junto a ela apareceu,
Olhou-a com amor e brandura, e exclamou:
Vem filha, retorna ao lugar que é seu.
Uma sonolência repentina a invadiu
E ajudada pelo Espírito Mensageiro,
Foi conduzida a um grande hospital
E imensa paz tomou-a por inteiro.
A jovem ao acordar, após muitos meses
Foi esclarecida por espíritos bons,
Que explicaram sua atual situação
Deixando seus orgãos perispirituais sãos.
Que saudade sentia da família
E dos amigos que na Terra deixara,
Mas procuraria seguir os ensinamentos
E restabelecer o equilíbrio que perdera.
Foi estudar, pois desejava aprender
O sentido da vida, da Reencarnação,
Buscou conhecimentos e após um tempo
Foi lhe dada a resposta, com exatidão.
Passado certo tempo tomou conhecimento
Das suas vidas anteriores, o que acontecera,
Que lhe esclareceu a causa, por que razão
Partira da Terra daquela maneira.
Entendeu o valor do Resgate, do qual ninguém se furta
E que todos os seres terão que passar,
Saldando dívidas, acertos, ajustando contas
Em diversas etapas, antes de à Pátria voltar.
Achou justo ter desencarnado tão cedo
E resolveu procurar ajudar outros irmãos,
Orientando, protegendo, intuindo, ensinando
O valor do Resgate, da Justiça, da Reparação.
Esta poesia é integrante do Livro O vôo do Condor ( 2004)
Esta poesia é integrante do Livro O vôo do Condor ( 2004)
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