Na situação confusa de desencarnado
Paulo surpreso e infeliz assistia,
A mulher que admirava e amava
Com seu melhor amigo lhe traia.
Paulo surpreso e infeliz assistia,
A mulher que admirava e amava
Com seu melhor amigo lhe traia.
E agora, imaginando-o ausente
Trocavam juras de eterno amor,
De grande e duradoura felicidade
Causando-lhe intensa, grande dor.
Trocavam juras de eterno amor,
De grande e duradoura felicidade
Causando-lhe intensa, grande dor.
A revolta, a mágoa, o amargor
Tomaram-lhe de súbito o coração,
Naquele momento jurou vingança
Pagariam muito caro, a traição.
Tomaram-lhe de súbito o coração,
Naquele momento jurou vingança
Pagariam muito caro, a traição.
Dia após dia, Paulo muito sofria
E perturbava os amantes sem trégua,
Incutindo-lhes pensamentos maus
De discórdia, envolvendo-os em negra aura.
E perturbava os amantes sem trégua,
Incutindo-lhes pensamentos maus
De discórdia, envolvendo-os em negra aura.
Os amantes com o decorrer do tempo
Foram ficando sempre mais tristonhos,
Irritados, brigavam sem motivo
E a depressão nos dois, foi penetrando.
Foram ficando sempre mais tristonhos,
Irritados, brigavam sem motivo
E a depressão nos dois, foi penetrando.
Paulo sentia-se muito satisfeito
Com o correr do seu plano perfeito,
Ainda conseguiria colocar os dois
No manicômio, seriam os eleitos.
Com o correr do seu plano perfeito,
Ainda conseguiria colocar os dois
No manicômio, seriam os eleitos.
Mas um dia, uma grande amiga
Da sua ex-mulher na casa apareceu,
Vinha fazer-lhe uma simples visita
E muita coisa a ela esclareceu.
Da sua ex-mulher na casa apareceu,
Vinha fazer-lhe uma simples visita
E muita coisa a ela esclareceu.
Paulo no primeiro instante não gostou
Daquela jovem e do que ela falou,
|Mas alguma coisa em sua mente ficou
E a refletir sobre tudo se perdurou.
Daquela jovem e do que ela falou,
|Mas alguma coisa em sua mente ficou
E a refletir sobre tudo se perdurou.
Ela falava de Jesus e dos espíritos
Da necessidade do amor e do perdão,
Dos desencarnados que havia em sofrimento
Porque tinham muito ódio no coração.
Da necessidade do amor e do perdão,
Dos desencarnados que havia em sofrimento
Porque tinham muito ódio no coração.
Jesus a todos perdoava, ela dizia
Ensinava o amor, a paz, a união,
E pedia a todos os irmãos, sem exceção
Que uns aos outros, estendessem as mãos.
Ensinava o amor, a paz, a união,
E pedia a todos os irmãos, sem exceção
Que uns aos outros, estendessem as mãos.
E assim a jovem espírita, dia a dia
Aos amantes que ali viviam, esclarecia,
Paulo invisível com interesse assistia
O Evangelho no Lar, que ali se fazia.
Aos amantes que ali viviam, esclarecia,
Paulo invisível com interesse assistia
O Evangelho no Lar, que ali se fazia.
Depois de certo tempo ele entendeu
Seu coração foi tocado de compaixão,
Pela ex-mulher e o seu velho amigo
E resolveu conceder-lhes o perdão.
Seu coração foi tocado de compaixão,
Pela ex-mulher e o seu velho amigo
E resolveu conceder-lhes o perdão.
Soluçava pedindo: necessito ajuda
Aos mensageiros que estavam ali presentes,
E de repente, sentiu-se transportado
Para imenso campo, um lugar diferente.
Aos mensageiros que estavam ali presentes,
E de repente, sentiu-se transportado
Para imenso campo, um lugar diferente.
Ali entre bondosos amigos, aprendeu
A amar com doação plena aos irmãos,
Procurando ajudar aos sofredores
A todos que chegavam na mesma situação.
A amar com doação plena aos irmãos,
Procurando ajudar aos sofredores
A todos que chegavam na mesma situação.
Diariamente agradecia ao bom Jesus
O perdão, o ensino maior que recebera,
Finalizando o sofrimento seu e dos irmãos
Inundando de luz e paz, a vida verdadeira.
O perdão, o ensino maior que recebera,
Finalizando o sofrimento seu e dos irmãos
Inundando de luz e paz, a vida verdadeira.
Esta poesia é integrante do Livro O Voo do Condor ( 2004)
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