METAMORFOSE

Que feio inseto saindo do ovo
Rastejante, pegajoso, sem atrativo,
As pessoas ao olharem a “lagarta”
Alguns sentem pena, outros têm nojo.

Mas depois de certo tempo de espera
Ela se transforma numa bela borboleta,
Que alça vôo cortando o horizonte
Com belas asas, fazendo pirueta.

Às vezes, fico a admirar esse inseto
Que com sua transformação consegue atrair,
Os olhares de admiração de toda gente
E liberta da larva, faz-se ressurgir.

Comparo o homem a uma lagarta
Que no primeiro estágio evolutivo,
Ignorante sem qualquer esclarecimento
Vive num casulo, sem saber o motivo.

Mas com o decorrer de anos e anos
A personalidade e a evolução espiritual,
Faz com que se torne um ser especial
De beleza interior e grande ser moral.

A transformação é lenta, gradativa
Não se consegue nada vertiginosamente,
As vidas sucessivas,vão lhe transformando
Num ser de luz intensa e equilibrada mente.

Se somos hoje "lagarta" meus irmãos
Tenhamos certeza absoluta
Que um dia haverá a transformação
E seremos belas e coloridas “borboletas”
Voando leves e livres na imensidão.

Esta poesia é integrante do Livro O Voo do Condor ( 2004)




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